sábado, 1 de novembro de 2008

Solilóquio da caladinha

Talvez eu sempre vá me lembrar dela como a garotinha do cubículo solitário,das noites de sábado.Aparentemente tinha boas amizades,inclusive uma melhor-amiga-irmã,bons programas dominicais e passeios vespertinos.Mas nas noites de sábado, aquelas em os embalos estão mais para embaços,quando a cidadezinha,daquelas com coreto na pracinha,nada havia para lhes oferecer, se reuniam ali,naquele espacinho que lhes era especial.Jogavam vídeo-game,assistiam FRIENDS,tocavam violão e cantavam alto,cantavam a vida que lhes era soprada serena e divertida.Acima de tudo,conversavam e riam (um ria mais que o habitual,o que gerava mais risos,que por sua vez,gerava mais e mais risos).Sabiam que aquele cheiro de amizade era mais forte do que muitos pintados por aí.Ela até participava um pouco da comemoração,que nada comemorava,mas tais momentos se faziam breves e tímidos.Tinha um quartinho minúsculo,com suas coisinhas e uma TV,a única companhia daquele deserto retiro.Fico imaginando o que imaginava a garotinha em seu mundinho de concreto,luzes e sons metálicos.Ali estava em casa,literalmente,os amigos do irmão eram também os seus,alguns desde a idade em que ficavam com o controle remoto na mão vendo Cine Band Privê.Acho que ela até tinha vontade de voltar a ser criança,junto daqueles barbados cantando o tema do Pokémon,cantar alguma canção do Nando Reis tocada no violão ou simplesmente rir do riso ambiente,mas,não sei se por timidez,medo,vergonha ou sabe-se lá qual outro motivo jovem-inibidor,resignava-se às suas velhas roupinhas,sobre sua cama,naquele solilóquio calado.Hoje ela veio à minha casa,no carro da sua nova-velha companhia,sentada à frente.Atrás as companhias de sempre,das memoráveis noites de sábado. Uma pontinha do laço encontrou a outra e tudo se amarrou (como num bom roteiro).A amizade ali ganhava um quê de família,e me senti feliz e tranqüilo em meio aos novos amigos-primos-irmãos,conhecidos desde sempre.Até a cidade parecia mais bonita agora,a felicidade em ver felicidade.A garotinha agora não mais via o mundo através do vidro,via o mundo naqueles olhos.Quero viver meu presente e lembrar tudo depois.Não sei como será o futuro a partir de agora,só quero que o laço aumente. E que vocês sejam mais felizes que um hippie.

Mais um texto escrito por Gabriel Groscke, ele escreve bem né, galera?
Eu falo pra ele atualizar o blog dele, mas ele não me ouve --'

Ps: Thaynah, obrigada pelo selo, fiquei imensamente feliz. :D

6 comentários:

s2 Raah s2 disse...

Woool, é realmente ele escreve beem mesmo
ajeopajopeaoiheoih'

Jana Lauxen disse...

Ele realmente deveria te ouvir.
Muito bom.

Beijo
:)

Anônimo disse...

acho que ele precisa mesmo ouvir, hehehehe



sorte e luz.

Julianna Alves disse...

te premiei no meu blog gataaan!
depois se quiser passa lá pra ver
beijos

Anônimo disse...

Ver o mundo pelo olhar é essencial. Não fundamental para fatos, mais sim imoprtante. Que se abram todos os vidros;

Marcio Sarge disse...

Que bom saber que você tem boas referências.

Beijos moça