terça-feira, 20 de agosto de 2013

3h59

Eu queria escrever alguma coisa, qualquer uma, que explicasse essa loucura, esse afeto.


Qualquer explicação banal me serviria, mas não há.


Qualquer indício de uma suposta explicação, juro, me bastaria.


Qualquer uma.


Uma explicação velha, esquecida, suja.


Não há

!
Não há explicação, não há entendimento.


Queria poder aceitar sem entender, mas a razão não me deixa; a razão só me impede.


Se eu soubesse nomear.


Se, ao menos, eu soubesse...


está escuro lá fora, já anoiteceu há horas, e eu continuo aqui, de olhos bem abertos, revirando as gavetas emperradas procurando alguma coisa que nem sei se existe.


Talvez eu só precise de um tempo.


Talvez eu só precise esquecer...

(a porra do blog formatou o texto do jeito que quis, me impedindo de arrumá-lo)

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