segunda-feira, 16 de julho de 2012

CONFESSO


Na ânsia de escrever não escrevo nada.
Por tentar dizer e não poder, não querer; me esqueço.
Esqueço as palavras, a loucura, as doçuras.
Me esqueço das lagrimas no fim.
Mas o peito continua aberto – e o sorriso largo.
Não pego o lápis, já não sujo as mãos de tinta.
Poderia dizer: Relaxa, Camila, é crise”, mas eu sei que enfiar o dedo na garganta já não me satisfaz.
Não tenho o que dizer, não digo.
Não posso escrever, não sou.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Promoção no Twitter - REVISTA III



Concorra ao livro "Sangue Quente" de Isaac Marion

 Para concorrer é necessário seguir a Revista III (@revistaiii), curtir a página no facebook(https://www.facebook.com/RevistaIII), copiar o texto destacado abaixo e postar em seu perfil do twitter!
Estou concorrendo ao Livro "Sangue Quente" que a Revista III vai sortear. Saiba como concorrer em: http://bit.ly/MUNVUL
 Observação: 
- Só serão efetivados os participantes que curtirem a página no facebook, seguirem a Revista III no Twitter e postarem o link exatamente igual
Regras da promoção:
- Não serão aceitos perfis somente de promoções.
- Os ganhadores terão até 2 dia para entrar em contato e enviar seu endereço completo e correto para o email revistaiii_cultura@hotmail.com . Se não entrarem em contato nesse período será automaticamente sorteado outro ganhador.
O resultado sai dia 19 de julho, quinta-feira.

domingo, 3 de junho de 2012

Porta Retrato


Por Camila Barbosa
Twitter: @mamila_caria
E-mail: camila.mih@hotmail.com


As luzes se acenderam e, agora, eu podia vê-lo claramente.
As mãos caídas sobre as pernas, o corpo exausto e aquele ar de quem sabia onde estava, como chegara até ali e o porquê da vinda. O sorriso ainda era o mesmo, igual há três séculos – ou três minutos, não sei –, quando a gente se viu pela primeira vez. Agora só eu o via. Só eu o ouvia. Só eu.
Eu só.
Era domingo, as cortinas se fecharam, as luzes se acenderam e eu encontrei aquele que eu sentia tanta falta. Ele não me via. Não podia me ver ou não queria ou não conseguia ou apenas queria não conseguir. E eu me entorpecia daquele cheiro que vinha só dele.
Por Deus, como eu quis beijá-lo aquela noite. Como o meu coração sentiu necessidade em senti-lo, como eu precisava, arduamente, daquele corpo sobre o meu ao menos uma vez mais.
Ele permanecia estático; as mãos caídas sobre as pernas, o sorriso de exaustão nos lábios. Eu já me encontrava contorcida ao chão, vestida em cólera, rezando para saudade me deixar em paz.
As memórias, agora acordadas, corriam como vultos em minha volta, entoando canções que me transportavam para um mundo paralelo ao meu. Empurravam-me para qualquer coisa, para qualquer um; faziam-me contorcer a olhos vistos e gritar teu nome por todos os cantos do quarto. Gritei até alguém me ouvir, até a garganta sangrar, a boca arder e a audição ficar escassa.
De nada adiantou.
Você nem se moveu.
Sequer olhou em minha direção. Continuou imóvel, misterioso, lindo, dormindo em sua moldura de fotografia.
Eu sabia que a claridade machucava, eu sabia o quão segura a escuridão podia ser.
Agora me pego dançando a sua volta, tentando trazer qualquer vestígio de atenção para mim, tentando provocar qualquer sentimento por menor, e mais impuro, que seja. Qualquer um!
Me odeie, me maldiga, morra de raiva ou, então, de nojo. Cuspa em mim. Escarre. Jogue-me num canto qualquer e me corte, me queime. Qualquer coisa, amor, mas, por favor, não me olhe como se estivesse olhando o nada.
Tire esse sorriso do rosto, tire as mãos das pernas, feche os olhos e durma. Descanse. O mal já foi embora, e eu zelarei por você.
Os meus olhos estão cansados de olhar os seus que mais parecem promessas. Meu coração não suporta bater tão descompassado. E o meu corpo, lasso, não é capaz de abrigar tanta vontade.
Saia dessa redoma que te protege. Saia de si. Crie vida, vem para o mundo. Vem para o meu mundo e dançaremos, livremente, nesse breu que nos consola.
Ah, se eu soubesse como lhe trazer pra perto...
Se eu soubesse como lhe tirar de dentro e colocá-lo ao lado, eu o faria. Sem duvidas, sem culpas, sem pena.
Mas eu não sei.
Enquanto o seu viver me consome eu só peço, a qualquer um, que os telefones toquem, que as cartas cheguem e que, enfim,  esse  porta-retrato se quebre.


segunda-feira, 26 de março de 2012

Além...

E se eu te dissesse que tudo não passou de um sonho e que eu havia moldado todas as palavras antes de enfiá-las na boca e calá-las para sempre?

Gritei, dentro de mim, espantando todos os fantasmas dos meus sentimentos mortos, enquanto você dormia.

Pintei todas as cores dos nossos olhos e desenhei cada linha do seu corpo com uma minuciosidade desigual, calei a noite e despertei o dia, percorri as estradas da ilusão plantando semente de nós dois, enquanto você dormia.

Conheci rostos e gostos gastos, sapatos gastos, vidas gastas.

Dancei valsa com a saudade, morri e renasci três vezes ao dia, me encontrei no desconhecido, enquanto você dormia.

Se eu te dissesse que tudo não passou de um sonho, você acreditaria?

Talvez tenha sido um pesadelo, loucura talvez.

Ando tão descrente, amor.

Mãos cansadas, pés descalços, coração na boca ou no bolso – não sei.

Ando e procuro em cada passo uma resposta, uma denúncia, um sopro do que ficou. Conto e reconto e desconto tudo e nada, um passo a frente e um litro de alma se esvai.

Sem alma, sem rosto, sem nome, amor.

O seu gosto já está gasto em minha boca.

E se eu te dissesse que nunca houve sonho algum?

Sonhos não existem, amor.

Nós não existimos; nem você, nem eu.


Veja mais em: http://arlequim-incognita.blogspot.com.br/2012/03/revista-iii-quarta-edicao.html

ACOMPANHEM O BLOG DA REVISTA III: http://revistaiii.blogspot.com.br/


REVISTA III - Quarta Edição

terça-feira, 6 de março de 2012

Só pra constar:

"Te desejo uma fé enorme.
Em qualquer coisa, não importa o quê.
Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa."

Caio F. Abreu

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

CONVITE

Faz tempo que não apareço por aqui, mas tenho um motivo muito bom: REVISTA III
Estamos com esse projeto de revista online e muito felizes com todo o retorno que recebemos.
Por isso venho convidar vocês, BLOGUEIROS, que se interessam em ver seus textos publicados, que se juntem a nós. Estamos aceitando textos, fotografias, imagens, tudo relacionado a arte e cultura.
Quem se interessar é só mandar o material no e-mail da revista (revistaiii_cultura@hotmail.com), este será avaliado e dentro das possibilidades será publicado.
Espero que participem.

Nos sigam no twitter: https://twitter.com/revistaiii
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Revista III - Terceira Edição

Revista III - Segunda Edição