segunda-feira, 16 de julho de 2012

CONFESSO


Na ânsia de escrever não escrevo nada.
Por tentar dizer e não poder, não querer; me esqueço.
Esqueço as palavras, a loucura, as doçuras.
Me esqueço das lagrimas no fim.
Mas o peito continua aberto – e o sorriso largo.
Não pego o lápis, já não sujo as mãos de tinta.
Poderia dizer: Relaxa, Camila, é crise”, mas eu sei que enfiar o dedo na garganta já não me satisfaz.
Não tenho o que dizer, não digo.
Não posso escrever, não sou.