segunda-feira, 15 de junho de 2009

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As duvidas pegaram as malas e foram embora e a certeza está atrasada há três dias. Outras coisas, e pessoas, foram embora também e eu não entendo porque eu ainda continuo aqui.
Meu trabalho acabou; eu fiz tudo do jeito certo e na hora certa. Usei os melhores argumentos e o meu incrível talento pra dissimular certas verdades. Fingi. Fugi. E no fim tudo voltou ao começo. Era isso que eu esperava e agora eu sei que eles esperavam também. Lutei tanto pra conseguir o que, uma hora ou outra, iria acontecer mesmo sem minha ajuda. Cansei e não medi esforços. Sou forte pra caramba; consigo andar por horas com um corte aberto sangrando. Consigo sorrir também. E o melhor de tudo; consigo não chorar.
Essa idéia de água saindo dos olhos não me cai bem, mas a cabeça pesa tanto que chega a doer. O coração não dói. Não tenho.
A raiva faz moradia em mim e eu pretendo deixá-la aqui por algumas horas. É necessário e inevitável. Vocês entendem, não é?

O do exagero é exagerado demais.
E me obrigar a correr com os pés mutilados não é bacana. Talvez ele não seja tão bacana assim. Talvez ele seja demais, mas não seja pra mim. Talvez eu canse desse drama amanhã e comece a jogar de novo.
O jogo sempre continua, e eu tenho um bocado de fichas nos bolsos.
O bom é que agora todas as mascaras caíram, não é, Exagero?
Agora você pode continuar sua vida sem precisar fingir que me ama. Devia ser um saco.
Eu não acredito em você.
Não.
Você deve estar cansado de ler isso e cansado de me contradizer, mas eu sei que no fundo você sabe que eu tenho razão. Suas palavras pedem crença e suas mãos gritam "NÃO ACREDITE EM MIM"
Meus ouvidos são bons.

Ainda não te culpo, pois eu sempre soube que aquele que fala demais é o que nunca tem nada a dizer. Palavras e palavras e palavras.
Eu só sinto muito pelos argumentos.
Poderia tê-los guardado para uma hora mais propicia, de maior urgência.
Você poderia ter me poupado, amigo; nos poupado.
Mas ta tudo bem; sem feridas, sem sangue, sem nada.
Tudo como sempre foi.
É claro que eu não entendo algumas coisas, mas acho que nem faço questão de entender; como não faço questão que você entenda.
É drama, bobagem.
Tudo bem.
A Sem Coração, aqui, vai aceitar tudo de bom grado. Vou sorrir e ainda vou agradecer por tudo.
Game over, baby.
A certeza acabou de dar as caras por aqui. ;)

4 comentários:

Wagner Kaiowas disse...

Putz, acabei de lre seu texto ouvindo uma música que estava tocando no site http://www.radioparadise.com/

À medida em que lia seu texto, a música de fundo evoluía de tal maneira que a vontade de ler passou a ser, de certo modo, exagerada! Música e o texto acabaram se completando. Putz, nem sei como explicar isso e uma pena não ter o nome da música aqui :(

Escute essa rádio quando vc tiver um tempinho.

Quanto ao seu texto, amei a frase "aquele que fala demais é o que nunca tem nada a dizer" :o

Parabéns pelo texto. Seus textos estão cada vez melhores! Suas particularidades acabam carregando um pouco do que se passa em minha vida. Essa semelhança acaba sendo curiosa e instigante. Isso alimenta ainda mais o prazer que é ler seu blog. Parabéns!

Beijão, fica bem...

Eu, Thiago Assis disse...

Eu entendo o personagem,
tenho alguns personagens assim no meu blog tbm... vez por outra eles dão o ar da graça por lá.

se cuida.


www.thiagogaru.blogspot.com

Luiz Calcagno disse...

Vivemnos em ciclos. Estamos presos.

Eduardo Martins disse...

"As duvidas pegaram as malas e foram embora e a certeza está atrasada há três dias." Mto bom isso... Soube trabalhar bem o início e o fim. Bem interessante essa marca temporal.
bjo