sábado, 1 de agosto de 2009

A gosto

Acabaram-se as fichas. Os bolsos estão vazios. E os fliperamas estão fechados.
O tempo está escasso. O sorriso amarelo. E as palavras tornaram-se apenas... Palavras. Sabe o quanto isso é grave?
Entende a gravidade da situação?
Palavras se tornaram palavras. Pequenas. Medias. Grandes. Vazias. Opacas. Caóticas como eu. Apenas palavras. E justo em minhas mãos. Justo comigo. Logo eu que sempre procurei entendimento atrás das linhas. Sempre li as entrelinhas e acreditei no inacreditável. No impossível. Se é que existe esse tal impossível, afinal ele pode se tornar possível diante a coragem de algum corajoso. Sempre pode. Sempre. Essa é a verdade, ou não, pois a única verdade absoluta é que não existem verdades absolutas.
É tudo tão... Relativo.
E eu até acho bacana essa historia de que tudo pode mudar a cada instante. Gosto. Aposto. Acredito. Sempre desacreditando, mas acreditando; sabe?
Às vezes quando fico muito tempo trancada em mim, sinto necessidade, grande, de abrir as janelas e ver, só olhar. Toco o mundo com os olhos; eles, assustados, tocam tudo e, tudo continua, assustadoramente, intocado. A vida lá fora continua a mesma independente do fim do meu jogo. Acho que os bolsos alheios continuam cheios; talvez eles saibam administrar as fichas.
As minhas acabaram; ontem.
Meus bolsos estão vazios ou furados; não sei.
Não posso trazer nada pra casa, nem colocar nada na boca.
Fim aos corações mastigados.

[postando rapidin. da casa da Dan :)]

8 comentários:

gerson oliveira disse...

Gostei do texto viu, da construção dele também.
beijo

Bruna Mesquita disse...

Provavelmente você já etsá cansada de escutar os meus elogios aos seus textos,mais é impossivel ler sem ter um a fazer.

É verdade,muitas vezes as palvras correm de nós,viram tudo e nada e a base de acreditar e desacreditar é o desafio da vida!

Eu, Thiago Assis disse...

Acho que entendo tal gravidade: as únicas fugas (fliperama e palavras) estão obstruidas e nada entao se pode fazer, apenas aceitar. Duro isso.

Unknown disse...

"Toco o mundo com os olhos; eles, assustados, tocam tudo e, tudo continua, assustadoramente, intocado."
Isso foi tão certo e tão errado que você merecia um premio.
ASUHUHASUHUHSA

Digo certa a frase, certa e linda, fez sentido e foi profunda, se entende tudo apenas de ler essa frase, foi a frase que eu mais gostei em todo o texto, perfeita.
E tão errado né? O sentido.
Digo, tudo muda com a gente, e lá fora tudo continua exatamente igual, ou igual pra gente, ou algo como isso.
Não sei nem como explicar oque eu senti ao ler isso, sério...

Você se supera mais e mais a cada dia, e esse acho que é o motivo pra eu vir aqui quase todos os dias procurando textos seus.
Você é boa no que faz.

Essa frase me inspirou, sério... IOHASHAISHOISAHIOSASAHIO
:)

Enfim, vim aqui comentar com um proposito maior hoje...
Você saberia me dizer se há uma comunidade no ORKUT pra esse seu blog? O Arlequim?

Beijos e boa sorte com o computador rs

Amanda Galdino disse...

Toda vez que eu leio algo aqui, eu leio, releio e leio mais uma vez. É impressionante a forma como você expõe as palavras, como tudo parece fazer sentido sem fazer.

Amo mesmo seus textos.

CooKie disse...

O.O
adorei o texto
de um jeito meio estranho...(??)
mas lindo!

Anônimo disse...

Eu fico impressionada a cada texto seu q leio.. Como pode pode escrever algo q se encaixa e-xa-ta-men-te na situação em q me ncontro naquele momento.. sério.. Maravilhoso!!!
Virei sua fã por um acaso.. olhando o blog de uma amiga vi seu link e não consigo me desligar.. nem qro!

Por favor não me deixe órfã das suas coleção de palavras q fazem TOTAL sentido pras confusões emocionais da minha vida! rs..

Bjooos!

B. Albano disse...

Eu sei como é. Quando as palavras se tornam só palavras. É horrivel. Ocasionalmente elas voltam, só pra fazer a gente se morder por dentro de novo.
Tudo bem, todo escritor é meio masoquista.