sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Sexta-feira, 11.

Me perder, pra te encontrar, em mil bocas que se beijam sem ser necessário fechar os olhos.

Os olhos não se fecham; ela nunca dorme.

Escreve por impulso, corre por impulso, beija por impulso.

Bebe.

Fala.

Impulso! Impulso! Impulso!

Quase um empurrão.

Quase qualquer coisa.

Quase qualquer quase.

As xícaras estão sendo quebradas na cozinha.

As toalhas estão sendo lavadas à mão.

O café está pronto e amargo.

Ela não está.

Jamais estará pronta.

Nunca.

Os olhos sempre abertos; ela nunca dorme.

Tem medo de mudar a pagina, de sair da linha.

Com os olhos abertos tudo permanece igual.

Mas basta uma piscada pro eterno se tornar efêmero.

Arrisca?

4 comentários:

Amanda Galdino disse...

manter os olhos abertos dá a impressão de que não se está sonhando.
é um modo de permanecer onde se quer.

Eu, Thiago Assis disse...

tem gnt q tem sorte qnd age sem pensar, tua personagem parece ser um desses casos.

ela, sem duvida, arriscaria =]

Malu Paixão disse...

eita invejinha boa de vc amiga;
vc tem me saido uma bela 'maquina de poesia' não??
ando tão não-inspirada! rss
vou (tentar) aliviar a minha barra aqui: eu acho o Ney uma figura marcante, única e sem dúvidas polemicamente excêntrica! a única coisa q não me faz encantar é a interpretação visceral demais q ele dá às suas versões, me da impressão d q ele exagera um pouco! mas gosto dele, só nao me considero fã; rsrs
olhaa.. tenho q te confessar uma coisa: a-dooo-ro jogar conversa fora com vc no msn! hahaha
bjoss

Sunflower disse...

em pulsos, é assim a vida.