sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Quinta-feira

E então ele me olhou, sorriu e lagrimas de saudade brotaram de seus olhos. Ali. Bem no meio do concreto e de vidas que vem e vão sem rumo algum, sorriu. E eu pude ver dentro de sua alma, como se aquele sorriso fosse um convite pra eu adentrar seu ser. Senti o coração pulsar mais forte, ouvia claramente as batidas descompassadas dizerem mil frases sem sentido e com muita cor. Ouvi demais e me lembro como se fosse ontem de tudo o que você disse ou quis dizer. Lembro do seu toque e de cada movimento seu. Lembro até das borboletas que surgiram no estomago. Mas não esqueço mesmo é daquele sorriso.
E agora é a vez da saudade que arde sem me aquecer. Guardo comigo aqueles olhos de caleidoscópio e a amargura de não me recordar de seu rosto. Guardo a suavidade e aquele cheiro inebriante que te envolvia, guardo as palavras recortadas da lembrança e os beijos que eram só seus. Esta tudo guardado nesse vazio que já tomou conta de tudo. Agora só há espaço para nostalgia e para as cartas que eu nunca mandei.

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