quinta-feira, 13 de junho de 2013

3h53

Gostaria de pentear meus pensamentos, assim como os cabelos, pela manhã e colocá-los no lugar e seguir a vida pintando aquele sorriso rotineiro no rosto, e olhar no espelho, dar uma piscadela, e dizer: tudo bem, vai ficar tudo bem.
Mas numa dessas manhãs ele disse "É triste. O amor foi embora" e eu fiquei pensando...
Repensando...
E talvez, só talvez, não seja tão triste assim. Talvez, só talvez, o amor tenha sido vítima e não vilão. E que ,talvez, não haja vilões - mas só talvez.
E talvez muitas coisas, várias, milhares delas. São tantas, tantas, que sei que vocês podem imaginar o quão difícil tem sido pentear os pensamentos pela manhã.

Por horas fico pensando no amor que se foi e não volta, até me obrigar a deixar toda essa confusão de lado.
Eu gostaria que fosse fácil, que fosse simples e bonito como nas histórias infantis. Eu gostaria de ter o poder de escolher, de decidir quem fica e quem vai, como se eu fosse dona de tudo e mandasse nessa loucura toda. Mas quando olho pro lado vejo o amor, sorrindo ironicamente, me pedindo pra deixá-lo em paz. E eu deixo.
Vou deixando...
Perdendo alguns pedaços pelo caminho, é claro.
E quase no fim, quase perdida por completo, percebo:
Ele tem razão.
É triste!

Preciso parar de escrever sobre o amor.

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